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perguntas
comuns
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O que é parto humanizado?Parto humanizado não quer dizer parto normal. Existem (muitos) partos normais que não são nada humanizados. Também não quer dizer parto natural; nem todo parto humanizado precisa ser natural, sem intervenção – algumas vezes elas são necessárias e algumas vezes a própria mãe solicita essas intervenções, como, por exemplo, anestesia. Parto humanizado quer dizer parto com respeito: respeito às vontades da mãe e ao protagonismo dela e do bebê nesse momento; respeito também ao corpo e à autonomia da mulher. No parto humanizado as intervenções médicas realizadas são mínimas, somente quando realmente necessárias, baseadas em evidências científicas atuais. Atualmente, uma equipe multidisciplinar é muito importante para que haja um parto normal humanizado.
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Com quantas semanas o bebê está pronto para nascer?Primeiramente, esse texto refere-se apenas aos casos de gestantes e bebês que não tenham nenhum problema e complicação! Dito isso, a resposta é: depende! Cada paciente é diferente da outra e cada bebê também. Dizemos que o bebê não é mais prematuro a partir das 37 semanas, porém, muitos bebês, mesmo com 37 semanas, ainda não estão "prontos" para nascer - por isso, atualmente, uma cesariana eletiva (aquela que é realizada por desejo materno) só pode ser feita com 39 semanas ou mais. Um bebê de termo (expressão que utilizamos para os bebês que estão na faixa de normalidade do nascimento) é aquele com 37 a 41 semanas e 6 dias. Ou seja, existe praticamente um mês de diferença entre a faixa de normalidade, o que causa grande confusão na cabeça da maioria das pessoas. Além disso, calculamos a data provável do parto com 40 semanas, o que deixa muitas mães (e principalmente familiares) de cabelo em pé quando essa data passa e nem sinal de trabalho de parto; por isso que essa é uma data provável, uma estimativa, e não uma data limite. Numa gestação normal, a maioria das literaturas médicas recomenda que seja realizada a indução do parto nas gestantes que atingem 41 semanas e estejam fora de trabalho de parto. Algumas mulheres e médicos optam por aguardar até 42 semanas, o que não é errado, mas deve ser uma decisão tomada em conjunto, pesando riscos e benefícios. Aguardar 40 semanas ou mais pode ser muito angustiante para algumas gestantes e seus familiares, por isso, é muito importante que isso seja conversado com o obstetra durante as consultas de pré-natal. Lembrando que a maioria das gestantes (60%) entra em trabalho de parto entre 39 e 41 semanas. Apenas 20% das gestantes entra em trabalho de parto entre 37 e 39 semanas.
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É possível prevenir o câncer de mama?Não, porém é possível diminuir as chances de ter câncer de mama. O surgimento do câncer de mama está associado a diversos fatores, muitos deles ainda desconhecidos por nós, por isso, ainda não sabemos medidas efetivas de impedir que a doença apareça. No entanto, sabemos que alguns hábitos podem diminuir a chance de ter câncer de mama. E como isso é possível? Através do bom e velho estilo de vida saudável, principalmente alimentação! Não existe milagre! Apenas com correção de peso, atividade física e redução de ingestão alcoólica estima-se que, no Brasil, o número de novos casos de câncer de mama fique 22% menor! Então, para diminuir os riscos de câncer de mama: - mantenha o peso adequado - não consuma álcool em excesso - pratique atividade física - tenha alimentação saudável, com pouca gordura e muitos vegetais - amamente se possível - consulte um mastologista para perguntar sobre uso de hormônios como anticoncepcional e reposição hormonal (atenção, não estou dizendo que esses aumentam o risco de câncer!) - fique atento ao seu histórico familiar E lembre-se, além de ajudar a prevenir o aparecimento de câncer de mama, essas medidas também diminuem muito os riscos de outros tipos de câncer, doenças cardíacas e vasculares! Ah! A mamografia não serve para impedir que o câncer de mama apareça, mas sim para fazer a detecção precoce!
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O que é mastalgia?Mastalgia é o nome dado ao sintoma de dor nas mamas. A dor nas mamas pode ser cíclica – quando tem relação com o ciclo menstrual – ou acíclica – quando acontece independentemente da fase do ciclo. As causas mais comuns são flutuações hormonais devido ao ciclo menstrual (mais comumente antes da menstruação), estilo de vida e alimentação, mamas muito grandes, cistos de tamanho grande, mastites, entre outras. O diagnóstico é realizado através de uma boa anamnese (que é a entrevista realizada pelo médico), exame físico e, quando necessário, exames de imagem. A depender da causa (ou seja, nem toda mastalgia é tratada da mesma forma), o tratamento é baseado na utilização de analgésicos, além da mudança de estilo de vida e alimentação. Nos casos em que esse tratamento não for suficiente, outras medicações podem ser prescritas.
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O que é endometriose?A endometriose é uma doença muito comum, conhecida por causar fortes cólicas menstruais. Mas vcs sabiam que a paciente com endometriose tem diversos outros sintomas que devem receber atenção por parte dos médicos? Fora a cólica menstrual, aproximadamente 15% das pacientes têm dor pélvica crônica, que é aquela dor que acontece o tempo todo, mesmo fora do período menstrual. Além disso, quase 15% das pacientes têm infertilidade, causa de muita angústia para essas mulheres. Mais de 2% tem dor à relação sexual e 4% tem alterações intestinais. Menos de 3% das pacientes não tem sintoma algum! O tratamento deve ser a longo prazo, individualizado e multidisciplinar!
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Qualquer mulher pode fazer reposição hormonal?Não. Antes de começar a reposição hormonal a mulher deve ser avaliada pelo médico ginecologista. O médico vai levar em consideração o tempo que a mulher já está na menopausa, quais os sintomas e queixas, se ela é obesa ou tem pressão alta, se já teve câncer de mama, como está a parte metabólica (colesterol e triglicérides), se ela tem útero, entre muitas outras coisas! Além disso, existem diversos tipos de reposição hormonal e a reposição pode variar de mulher para mulher!
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Quais fatores influenciam na libido da mulher?São vários os fatores que influenciam na libido da mulher. Atribuir a complexa sexualidade feminina apenas ao déficit de testosterona e achar que a reposição desse hormônio irá resolver as disfunções sexuais femininas é um equívoco. Diversos medicamentos podem predispor queda da libido, como por exemplo a pílula anticoncepcional e antidepressivos. Diversas doenças também podem diminuir a libido, como: depressão, ansiedade, diabetes, endometriose, obesidade e síndrome metabólica. Aspectos sociais e psicológicos (preocupações, baixa autoestima, cansaço, problemas no relacionamento, história de abuso, etc) também são muito importantes. O puerpério e a amamentação também são conhecidos como responsáveis pela queda da libido. Alterações hormonais também podem influenciar na libido, como por exemplo, alterações em hormônios tieoidianos, aumento da prolactina e diminuição da testosterona (lembrando que o diagnóstico dessa última é clínico e não através de exames de laboratórios). A transição para a menopausa e a menopausa em si também influenciam negativamente na libido, principalmente devido a queda dos hormônios sexuais, associação com depressão, fogachos e aspectos sociais dessa fase da vida. Ou seja, quando estamos diante de uma paciente com alguma queixa sexual, é necessário abordar todos esses aspectos e, principalmente, a relação e ligação que cada um deles têm com os outros. A abordagem e o tratamento é individualizado em cada caso.
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